foto por Synchrodogs
zzzzzzzzat e ZEITGEIST! o espírito da época corre até a natureza, chega no mar, no mato, se perde e simula. tem o sonho de fugir, se incorporar a natureza e REGISTRA para a melhor colação pessoa/cenário. traduz em imagens o que já está no seu imaginário, quer fazer parte do mundo, então foge PELAS e através das imagens que produz com câmeras quaisquers, de filme, mini digitais, celulares. tudo vai parar nas REDES SOCIAIS online, está fazendo parte do mundo, mas nessa busca por VENCER nos objetivos – incluso aqui o almejado momento de descanso do CORRE da cidade em algum ambiente natural paradisíaco (fuga pro bucólico, beira o PARNASIANO) – a vida se confunde entre REALIDADE e MENTIRINHA. o fazer se equilibra entre as próprias paixões e atividades interiores e o REGISTRO SIMULADO. porém, essa SIMULAÇÃO bucólica ainda produz o efeito final de incorporação à natureza, mediante o RITUAL de produção da IMAGEM/REALIDADE. no resumo: a relação do ser humano com a natureza atualmente é mediada por equipamentos e tecnologias e gera imagens nas quais fica evidenciado um DESCOLAMENTO entre o cenário (bucólico) e as pessoas (típicos URBANÓIDES).
as imagens que seguem não são meros registros, nem tão pouco servem como apenas abstração dos desejos humanos. todas elas são de modo geral o registro subjetivo e expressivo da juventude contemporânea (todos os fotógrafos estão na faixa dos 18 aos 30 anos e de modo geral consideram a fotografia como ARTE) se relacionando com a natureza de acordo com o modo de vida atual.
fotos por: Synchrodogs, Ricardo Giacomoni, Luke Byrne, Thomaz John X, Erika Braukis, Mario Arruda, Alexander Alekseenko, Justin Guthrie, Josh Hicke e Heiner Luepke
mas sim, esse nosso ZEITGEIST anda meio estranho. não se faz mais nada sem o registro. mas apesar de todas as TRETAS que podem ser ORIUNDAS dessa necessidade de pertencer ao mundo através do registro das ações (ou melhor, da transformção de qualquer ação em imagens que serão postadas na internet) como a proliferação de “FALSAS EXPERIÊNCIAS” ou experências mediadas, não consigo ainda assim enxergar apenas problemas aqui. essa produção ininterrupta e já quase obrigatória traz para o IMAGINÁRIO novas imagens com inúmeros visões de mundo, competindo assim (mesmo que com menor alcance) com as imagens proliferadas pelos grandes conglomerados de mídia.