Por que somos tão apaixonados por aparelhos eletrônicos?
Confesso que fiquei pior do que uma criança quando ganha de presente um brinquedo novo nessa semana. Ao chegar em casa e ver ali, meu lep top novo, quase tive um chilique! A experiência de abrir a caixa, de manuseá-lo, de botá-lo para carregar e em fim ligá-lo, uma sensação de realização pessoal.
É impressionante, pois sou da geração que não cresceu acompanhada de um computador. Eu sou do tempo de ir pesquisar nas bibliotecas para um trabalho escolar, ficar horas debruçada em materiais, e passar um tempão para finalizar os cartazes ilustrativos. Computador mesmo, eu só tive com 15 anos de idade, mesmo assim eu era uma “jeca” para mexer nele.
Mas a adaptação é muito rápida, e quando você vê, não vive mais sem estar conectado. Parece que nossa vidas estão ali, e na verdade, se pensarmos, grande parte dela está mesmo. Todos nossos trabalhos, informações contato e o que pudermos imaginar está nos nossos computadores e não queremos nem pensar se acontece alguma coisa e nossos arquivos sejam perdidos.
Computador e identidade
Voltando á parte sensorial, nada melhor do que quando compramos uma coisa nova, possamos construir o aparato do nosso jeito, uma espécie de mundinho em que ficaremos – já que precisamos – muitas horas. É ter uma identificação com o aparelho, é ter ali a sua cara, uma forma de identidade sua. E os computadores, mais do que nunca se prestam a isso.
Há tanta coisa nova que faz com que tu olhe o aparelho e logo veja que é de Fulano, ou que não é de Cicrano. Eles formam mais do que uma rede de dispositivos, as pessoas já criam laços com eles. Creio que hoje, muitos de nós possuímos afeto por esses objetos e ainda mais, fica possesso se outras pessoas mexem nele.
Então, agora posso me sentir indivíduo bem mais completo com meu novo brinquedinho, e mesmo que me chamem de consumista ou blá blá, deixo de lado. Ainda tenho muito para me divertir explorando meu novo passatempo.
fonte da imagem: blog Tecnologias de computador